quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Esteban - Copa del Mundo Brasil 2014

Después de tanto tiempo y esperado por todo Sudamérica vuelve el Mundial de Fútbol al continente del cual este deporte mueve los mayores sentimientos. Donde las personas son capaces de llorar por ver quedar su selección ganar la Copa, la cual es la mayor satisfacción para todo el país tanto para los jugadores como en mayor medida para el pueblo.

Tras 36 años vuelve el fútbol grande a nosotros, en este caso al país vecino, con el cual hay una gran rivalidad futbolísticamente hablando aunque en muchos otros aspectos de la vida deberíamos ser como hermanos, para así poder demostrarles al mundo entero lo que esta región en el planeta tierra representa.

Que curioso resulta, que luego de pasado unos 36 años el Mundial del deporte más hermoso del mundo se haga en Brasil, cuando justamente el último mundial realizado en Sudamérica se haya realizado precisamente en la Argentina, no creo que sea una simple casualidad del destino, sino que debe representar algo para nuestras vidas como países hermanos? Creo que se esta frente a un hecho no menor y que se debería prestar atención para poder salir adelante como unidad, colaborando en lo que sea necesario para que sea el mejor mundial que alguna vez se haya realizado, que se pueda trabajar en equipo, que si precisa de ayuda que no se dude en solicitarla y que por supuesto esta sea brindada sin inconveniente alguno, es más que la misma sea ofrecida por parte de los países vecino, hermanos y de esta forma demostrarle al mundo que cuando se trabaja cooperando, siendo solidario y en equipo, uno se hace más fuerte y puede aspirar a grandes cosas.

Más haya de las naciones están los pueblos, las personas que lo habitan, y estas son quienes hacen grande a los países, demostrémosle al mundo lo que se puede hacer cuando se trabaja a conciencia y que este Mundial de Fútbol no resulte un negocio para aquellos que nos gobiernan, sino que sea algo hermoso y maravilloso para el pueblo y a su vez que la Copa del Mundo le muestre al mundo donde queda Sudamérica, que somos una región que merece el respeto de aquellos países considerados del primer mundo. Y esto realmente puede ser transmitido a través de una excelente organización de un Mundial de Fútbol como es la que es la que se realizara en Brasil en el 2014.

Creo y estoy convencido que trabajando en equipo y sin ninguna envidia por quién organiza el Mundial, será una de las mejores copas alguna vez organizada. Lo importante no es que o cual selección se quede con el campeonato, sino demostrarle al mundo que América del Sur existe y esta presente.

Leandro - Copa do Mundo de 2014

Antônio ligou seu radinho naquele fatídico dia, o dia que finalmente o Brasil foi anunciado como sede da copa de 2014. Antônio ficou pensativo, calado. Já era de falar pouco, mas até o Pedro, seu companheiro de viagens, estranhou seu silêncio maior que o habitual.

Antônio trabalha como motorista de ônibus, e Pedro, é seu cobrador habitual. Naquele dia, ele pensou se a copa poderia fazer alguma coisa de boa por ele, para sua mulher, para algum de seus 4 filhos. Pedro continuava estranhando sua expressão carrancuda. A viagem começou e ele nem ajustou o retrovisor do ônibus.

Antônio costuma trabalhar na linha São Miguel – Metrô Carrão. Após muito suor, ele e Preta, sua esposa, conseguiram dar entrada em um apartamento no CDHU. Seu filho mais velho foi preso por roubar uma moto, o caçula sonhava em jogar futebol, e as duas meninas sonhavam em fazer faculdade. As prestações eram apertadas, mas não faltava comida em casa, afinal Preta tinha uma patroa boa que lhe pagava 1 salário mínimo mais uma cesta básica todo mês.

Pedro estava inquieto. Antônio continuava sem falar, o ônibus estava lotado e ele dirigia mais rápido que o habitual. Ele continuava a pensar, o que essa copa poderia lhe trazer de bem. Seu pai trabalhou na construção do Maracanã, prometeram que ele assistiria o jogo inaugural, mas na última hora alguém da federação tirou seu lugar. O pai de Antônio morreu quando ele era pequenino, vítima de uma bala perdida, quando ainda moravam no Rio.

Antônio fazia uns bicos para ajudar no orçamento. Aos finais de semana, quando estava de folga, ele dirigia ônibus fretados pelas organizadas. O dono do ônibus era seu xará, Toninho. Antônio não gostava do bico, mas não podia descartar esse dinheirinho, afinal suas filhas queriam fazer faculdade.

Pedro sabia que algo estava errado. Tentou falar com Antônio, mas somente teve em troca uma olhada pelo retrovisor interno do ônibus. Chegaram no ponto final, Pedro suava e tentou conversar com Antônio, mas ele não quis papo e foi tomar sua água, naquela garrafa plástica velha onde sua empresa armazenava a água.

Antônio subiu para o ônibus, ainda pensando no que a copa poderia trazer de bom para sua família. Começaram a voltar para São Miguel, o ônibus que saíra a sua frente quebrou na primeira subida, Antônio pegou os passageiros que aguardavam ele chegar. Seu ônibus ficou lotado, e Pedro continuava a suar, preocupado.

Ao final da primeira subida, Antônio continuava estranho e Pedro tentou novamente falar com ele. Começaram a descer, Antônio então subitamente começou a sorrir e tentou falar com Pedro, mas ao tentar frear, não conseguiu. Tentou novamente, sem sucesso. Seu rosto ficou pálido. Pedro suava. Não conseguiram fazer a curva e Antônio bateu violentamente seu ônibus em outro que subia na direção contrária. Antônio descobriu o que a copa poderia trazer de bom para sua família, mas foi a única vítima fatal daquele acidente.

Gabi - A Copa do Mundo é nossa

Finalmente chegou a vez do Brasil de sediar um dos mais importantes eventos esportivos. Nada mais justo, afinal, ganhando ou perdendo, a Seleção Brasileira é a favorita em qualquer canto do mundo (muitas vezes, até mais do que o time representante do País).

Está claro que o Brasil tem muito que fazer até se tornar realmente apto para receber os milhares de pessoas que virão prestigiar o evento. Características como a violência e a baixa infra-estrutura dos estádios para receber um número tão grande de visitantes são questionadas entre representantes da mídia de outros países, por exemplo.

Durante a entrevista coletiva que anunciou o Brasil como país-sede para a Copa de 2014, realizada com alguns integrantes da Seleção Brasileira e membros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a pauta de grande parte dos jornalistas ali presentes resumia-se em lembrar as piores características do nosso País.

Realmente, “falhas técnicas” existem, mas acredito que todas – ou grande parte delas – possam ser consertadas até 2014.

A Copa dará ao Brasil não só a oportunidade de aflorar – mesmo que temporariamente – nosso orgulho de ser brasileiro, mas também de auxiliar na economia do país que tende a crescer durante e após o evento.

A verdade é que o brasileiro possui simpatia e alegria, características nem sempre encontradas em países ditos do primeiro mundo.

Sendo os prós e/ou os contras maioria, mais do que nunca podemos dizer que “A Copa do Mundo é nossa!”

Felipe - Sonho que vira triste realidade

A Copa do Mundo será no Brasil! Eu sempre sonhei com isso, desde que aos 10 anos de idade acompanhei conscientemente o torneio pela primeira vez. E foi justamente no ano do tetra. Apesar do ídolo Raí ter sido sacrificado em nome do “esquema”, eu chorei e vibrei como uma verdadeira criança, o que de fato, na época, eu era.

Imaginem, acompanhar as principais seleções do mundo, um dos maiores – se não o maior – evento esportivo do planeta. E de pertinho, no meu país, na minha cidade. Algo indescritível para qualquer apaixonado pelo esporte bretão. Mas com o passar dos anos eu fui enxergando melhor as coisas. O gosto pelo futebol e pela Copa do Mundo não diminui, em absoluto. Mas a relação com ambos sim, e bastante. O esporte aos poucos deixa de ser a coisa mais importante. A vontade de ver uma Copa no país ainda era forte, mas as prioridades começavam a se inverter.

Eu agora enxergava que nessas candidaturas o que as pessoas queriam não era apenas trazer um grande evento para o país, mas sim se auto-promover e ganhar dinheiro, na maioria das vezes de maneira ilícita. Confesso que quanto mais a consciência foi se moldando, mais o sonho ficava distante. Pois era muito claro que o país não tinha condições de receber um evento desse porte, além de precisar priorizar a aplicação de verbas em coisas importantes e básicas para a vida no país.

Contudo veio a decisão e o Brasil, único candidato, foi o escolhido para sediar a Copa de 2014. Nada mudou nessa historia de receber grandes eventos. O Pan do Rio foi a prova. Denúncias de desvio de verbas, orçamento aumentado em mais de 300%, o governo tendo que entrar com dinheiro que não deveria e, conseqüentemente, causando escassez de recursos para as áreas devidas. Isso sem contar que nenhuma melhoria urbana aconteceu. Exceto as maravilhosas arenas esportivas, mas que têm um alto custo de manutenção e riscos de se transformarem em elefantes brancos.

E nada tira da minha cabeça que com a Copa do Mundo, tudo será da mesma forma, se não pior. Nossa atual estrutura urbana beira o caos. Nossas praças esportivas estão quase todas ultrapassadas e ridiculamente mal conservadas (meus pêsames aos familiares das sete vítimas fatais da Fonte Nova). Nossos políticos ainda são desonestos e não pensam na população. Tomara que em sete anos tudo isso mude, mas realmente eu não acredito nessa hipótese. E não venham com a história de que o país será obrigado e se modernizar, pois, repito, o Pan esteve aí para provar o contrário.

Também é bom lembrar que a escolha como país sede já deu seus frutos. Sim, a Copa ainda está longe, mas uma CPMI, a que investigaria a clara e límpida lavagem de dinheiro no Corinthians, sequer foi aberta. E dizem os congressistas, pelos corredores de Brasília, que nenhum tema “negativo” a respeito do futebol será colocado em pauta. Tudo em nome da Copa! E pouco ou nada em nome da decência.

Sim, eu gostaria de ver a Copa no Brasil. Mas dependendo do preço a ser pago, não vale a pena. Se é que já não valeu...

Zé - Rodapés de 2006 a Delírios de 2014

Dezembro de 2008, bar do Miro no Rudge Ramos, os ABCDs[1], entre bohemias e petiscos, firmaram o “Pacto do Miro”: marcaríamos presença na Copa do Mundo no Brasil. A Comunidade do orkut “Copa do Mundo 2006 eu vou[2]” mudou-se para “CM-14 eu estou”.

“Tintim!!!” Já bêbados e, de madrugada, um ruidoso brinde, tanto que meia dúzia de vizinhos de mesa pegaram carona na palhaçada e aplaudiram o ato, pois nele havia também um caráter épico.

Propus uma Fan Fest[3] no Kazu, bar onde às terças fazemos nossa reunião semanal, a idéia foi prontamente aceita. “Traremos mulheres de todo mundo, da Croácia, da República Tcheca etc, do Togo até!”, emendou o entusiasmado e emocionado Faggi.

Thiago, recém chegado de Barcelona havia um ano, lançou o mistério que, segundo ele, duraria seis anos! “Nem adianta, ninguém vai saber! Até porque até lá será difícil se confirmar.” Paciência então.

Junho de 2014. Tudo pronto para a XX Copa do Mundo. Veremos se o autor de uma das frases mais absurdas que já ouvi tinha razão: “Em 2014 o Brasil vai ensinar a vocês [alemães] como se faz uma Copa!!![4]

A onda ecológica nunca esteve tão presente num mundial. Ainda mais se jogada no pulmão do planeta, a Amazônia, com Manaus como uma das sedes. O mascote, antes que ele suma do mapa, é o mico-leão-dourado “Amico”. No concurso final ele bateu a Mônica com coelho e tudo.

País afora os locais de Fan Fests eram definidos de acordo com seus atrativos turísticos: no Pelourinho em Salvador, presença de Olodum e todo o aparato micareta; Palácio do Planalto em Brasília; nas areias de Copacabana no Rio; Parque do Ibirapuera em Sampa etc.

Confirmei uma triste convicção: a Copa do Povo foi celebrada nessas festas, não nas arquibancadas. Ou você achou que, com a grana toda torrada, ingresso na mão dos patrocinadores, preços internacionais e “cambismo”, você compraria seu ingresso como banana na feira?

A putaria por ingressos nos Trópicos foi intensa, ainda que nossos dedos estivessem treinados de tanto F5[5]. Sem contar que ser cambista é profissão internacional[6]. Outra profissão – a de flanelinha – estava em alta, treinaram por anos antes de estrear em mundial. Ou alguém acha que a promessa por estacionamentos fartos seria cumprida?

16 de junho, Brasil vs Togo[7] estavam alinhados ouvindo o hino nacional, assistíamos no telão do Ibira. Os ABCDs e um “T” internacional. De Togo, isso, havia entre nós, acreditem, um togolês amigo. Ele, um dos maiores mitos de nossa ida à Praga-06, o Cartola[8] e sua inseparável cartola.

Thiago em 08 foi à capital tcheca e desde então manteve contato com ele. Fez o maior suspense de todos os tempos. O placar do jogo, coincidentemente, era a quantidade de brasileiros e togoleses na animada roda do parque, 4x1 em cima de Adebayor e cia. O Cartola nem ligou para a derrota já que adotara o Brasil como segunda pátria, mesmo morando em Praga por 10 anos. “The girls are beautiful, mmmuuummmm!!!”, explicava.

A Copa do Mundo tupiniquim começou bem...

[1] Por uma coincidência do destino alfabético, a Copa da Alemanha-06 uniu Edson Véião de Santo André, Rodrigo Faggi de São Bernardo do Campo, Thiago de São Caetano e, por último em letra e ordem cronológica de aparecimento, eu, de Diadema. Os ABCDs.

[2] A maior comunidade do orkut sobre a Copa da Alemanha. Lá fiz grandes amigos (os ABCDS e o Zadá, por exemplo), tive um imenso suporte de informações sobre o torneio, além do entretenimento. Enfim, foi o motor de toda a viagem e é a comunidade, disparada, que eu mais me identifiquei. Tá pensando que orkut é só pra ferrar relacionamentos, é?

[3] Todas as cidades alemãs escolhiam um local turístico ao ar livre ou mesmo ginásios, onde havia telão, shoppings, eventos etc. Alguns com arquibancadas; em Frankfurt o telão ficava no meio do rio. O local recebia enorme concentração de pessoas do mundo inteiro. Uma festa! Ou, uma Fan Fest!

[4] Zadá contou que estava na fila do Ticket Center de Berlim e presenciou que o ingresso de um rapaz a sua frente não estava na lista, e ele tinha confirmação. Reclamou, xingou, esperneou e mais, ameaçou dedo em riste e disparou o disparate entre aspas. Adoraria encontrá-lo pós Mundial e pedir a virtual e incomparável comparação...


[5] Na incessante luta para conseguir ingressos no site da Fifa, nas madrugadas, se pressionava a tecla “F5” do computador até cansar o dedo e gastar a tecla. E a mensagem de erro – e tortura – vinha em quatro idiomas. Eu penei apenas duas madrugadas por quatro, cinco horas esperando pela última tela – a de sucesso – sem ela nunca aparecer. Os outros dormiram ao computador, sofreram meses por um milagre. Alguns ratos e sortudos conseguiram.

[6] Comprei meu ingresso de um croata. Paguei 200 euros numa operação que só quem presenciou acredita. Pra resumir eu entrei e o ingresso do cambista deu sinal vermelho?! Quem critica cambistas no Brasil saiba que a praga é mundial, no mundial germânico só mudou o idioma e a moeda: the black market in euros. Na comunidade da Copa houve denúncias que os ex-jogadores do Tetra-94, Viola e Paulo Sérgio, vendiam ingressos na maior caruda.

[7] A comunidade tinha uma fixação na Seleção de TOGO – eu achava isso um porre –, mais que segundo time era o grito de guerra. Thiago e Bruna (gata da comunidade que ninguém nunca viu) exageravam que fariam intercâmbio nesse país africano. Essa dupla, aliás, fora eleita, respectivamente, rei e rainha togolesa da comunidade.

[8] A Praça Venceslau de Praga é uma durante o dia, com seu charme arquitetônica e de noite, assume ares de night club em quase cada estabelecimento, com dezenas de promoters africanos aliciando os turistas a entrarem. Distribuiam flyers promocionais das casas. O mais figura disparado é o “Cartola”, como o apelidei. Só de olhá-lo em foto (acima), com o detalhe do dedinho apontado para esquerda, já morro de rir.

Adriano - Sonho para 2014


Marlon acorda cedo. Sem mesmo lavar o rosto, calça as chuteiras de marca famosa que ganhou como melhor jogador num amistoso do time em que atua, promovido pela Secretaria de Esportes da Cidade. Antes de sair de casa para o treino, procura por pão e leite para saciar sua fome, mas não encontra. Toma um copo d’água e sai, após certificar-se de que seu irmão Mario, de sete anos, está acordado e cuidará do outro irmão, Marcio, de nove meses. Está feliz por saber que no dia anterior, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa de 2014. O sonho brilhou mais do que nunca em seu coração e sua mente. Aos onze anos, e com o mesmo ideal de milhares (ou milhões) de garotos pelo Brasil, deseja ser jogador de futebol profissional, titular do Corinthians (por quem é apaixonado) e da Seleção Brasileira. Com aplicação e empenho, acredita que aos dezoito anos, poderá fazer parte do grupo que disputará o Mundial daquele ano (afinal, como sabe, Pelé, negro como ele, jogou uma Copa com dezessete anos!). Sua mãe (empregada doméstica) apóia que siga a carreira de jogador de futebol, permitindo que falte de duas a três vezes por semana na escola, para participar dos treinos do time. Deseja que ganhe muito dinheiro e ajude a melhorar as condições em que vivem. Moram em uma casa de madeira construída em área de risco à margem de um córrego, onde uma televisão (em sua casa tem uma!) e um sofá (em sua casa não tem um!), jogados em seu leito, obstruem o fluxo de água. Na última chuva forte, enquanto sua mãe e vizinhos lutavam para salvar móveis, roupas e poucos eletrodomésticos, além de tentar escoar a água de dentro de casa, Marlon chutava a bola num muro, a alguns metros dali, sem preocupar-se em ajudar. Gritava nome de jogadores, associando-os a dribles e provocações de torcida. A cada toque na bola, cerrava os punhos e a energia ali concentrada, irradiava certo ódio à sua condição de vida e esperança em acontecer de fato como astro da bola. Qualquer semelhança com a realidade é mera certificação de que a verdade pode doer muito, até quando se trata de um sonho.

Renato - É inverno, junho de 2014.

Quase no abrir das cortinas para o evento mais grandioso do mundo esportivo (talvez maior que a própria Olimpíada), o Brasil continua da mesma maneira que era 10 anos atrás. Um país onde as diferenças sociais aguardam para tornarem-se nítidas quando o arbitro der inicio ao torneio.

Nas arquibancadas, não teremos mais o brilho das torcidas que deixam transpirar a paixão pelo time em campo, com os olhos atentos a cada lance no gramado, mas sim torcedores com alto poder aquisitivo, que não vacilariam em trocar um jogo de futebol (salvo da copa do mundo) por uma instigante partida de cricket, tênis, polo ou golfe.

E é neste clima de diferenças do futebol que se passa nossa história.

Diadema - periferia da Grande São Paulo – enquanto as crianças correm atrás de uma bola de meia morro abaixo, na laje corre solto o churrasco regado a cerveja. É o ápice do ano, o jogo da seleção brasileira que todos vão assistir devido à dispensa que receberam das empresas em que trabalham.

Tudo correndo como esperado até que em determinado momento todos sentem a falta de um amigo.......Como podia alguém não estar assistindo a estréia do Brasil??

Mas existe, o rapaz estava trancado em um dos quartos da casa, vestido com o babylook da seleção brasileira de vôlei escrito GIBA nas costas, como que se desejasse ter o atacante atrás de si.

Este rapaz jura que se dessem a devida importância ao vôlei nacional, com certeza seria muito mais comum vermos pessoas nas ruas com o uniforme do Marcelo Negrão do que com a camisa 8 do Kaká por exemplo.

Enfim, desde que a FIFA decidiu por fazer a Copa no Brasil - o governo investiu valores gritantes na construção de estádios modernos, que a exemplo dos construídos nos jogos Panamericanos de 2007, vão ser utilizados posteriormente para nossos campeonatos locais.

Porém com uma diferença:

Existe Campeonato Estadual em Rondônia, Acre ou Amapá?