quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Renato - É inverno, junho de 2014.

Quase no abrir das cortinas para o evento mais grandioso do mundo esportivo (talvez maior que a própria Olimpíada), o Brasil continua da mesma maneira que era 10 anos atrás. Um país onde as diferenças sociais aguardam para tornarem-se nítidas quando o arbitro der inicio ao torneio.

Nas arquibancadas, não teremos mais o brilho das torcidas que deixam transpirar a paixão pelo time em campo, com os olhos atentos a cada lance no gramado, mas sim torcedores com alto poder aquisitivo, que não vacilariam em trocar um jogo de futebol (salvo da copa do mundo) por uma instigante partida de cricket, tênis, polo ou golfe.

E é neste clima de diferenças do futebol que se passa nossa história.

Diadema - periferia da Grande São Paulo – enquanto as crianças correm atrás de uma bola de meia morro abaixo, na laje corre solto o churrasco regado a cerveja. É o ápice do ano, o jogo da seleção brasileira que todos vão assistir devido à dispensa que receberam das empresas em que trabalham.

Tudo correndo como esperado até que em determinado momento todos sentem a falta de um amigo.......Como podia alguém não estar assistindo a estréia do Brasil??

Mas existe, o rapaz estava trancado em um dos quartos da casa, vestido com o babylook da seleção brasileira de vôlei escrito GIBA nas costas, como que se desejasse ter o atacante atrás de si.

Este rapaz jura que se dessem a devida importância ao vôlei nacional, com certeza seria muito mais comum vermos pessoas nas ruas com o uniforme do Marcelo Negrão do que com a camisa 8 do Kaká por exemplo.

Enfim, desde que a FIFA decidiu por fazer a Copa no Brasil - o governo investiu valores gritantes na construção de estádios modernos, que a exemplo dos construídos nos jogos Panamericanos de 2007, vão ser utilizados posteriormente para nossos campeonatos locais.

Porém com uma diferença:

Existe Campeonato Estadual em Rondônia, Acre ou Amapá?

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